Gamecoins: como as criptomoedas levaram o e-sports a outro patamar

fev 23, 2023 | Blog

Quem é apaixonado pelo mundo dos games tem, hoje, a possibilidade de fazer dinheiro ao participar de campeonatos de e-sports ou com a produção de conteúdo sobre o tema nas redes sociais. Entretanto, há outras alternativas talvez até mais interessantes para quem deseja fazer dessa uma fonte de renda. No mercado de criptoativos, os usuários recebem recompensas que podem ser trocadas por reais ou dólares com as gamecoins. Entenda mais sobre o funcionamento do modelo.

O que são as gamecoins?

Já reparou como que alguns games adotam um sistema de recompensas quando os jogadores concluem determinadas missões? 

De Mário a Fifa, passando por Zelda, League of Legends, GTA ou Call of Duty, os usuários são premiados com dinheiro dentro do jogo ao completarem essas tarefas. 

Em muitos casos, o dinheiro é utilizado para melhorar os atributos dos personagens e adquirir avatares, equipamentos, veículos, terrenos e demais acessórios.

As gamecoins funcionam de forma parecida. Mas, ao invés de serem oferecidas como resultado de games tradicionais, elas são oriundas de jogos que rodam em redes blockchain, como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH). 

Alguns exemplos populares são Axie Infinity (AXS), Decentraland (MANA), The Sandbox (SAND) e Light Nite (TBA). 

É comum que as gamecoins sejam estruturadas por meio de NFTs (non-fungible tokens). Nos últimos anos, os tokens não-fungíveis ganharam notoriedade no mercado de artes digitais. 

Em resumo, um NFT é um ativo único que não pode ser copiado. É que diferente do dinheiro fiduciário (dólar, real ou euro), não existem vários da mesma espécie. Por consequência, tal mecanismo torna cada gamecoin especial e tende a elevar seu preço no mercado.

Vale falar também sobre as blockchains, que representam um grande banco de dados público e também são utilizadas para registrar as atividades das criptomoedas. 

Com essa tecnologia, as empresas que desenvolvem os games podem transformar os itens e as moedas virtuais em propriedades virtuais (os tokens) que não podem ser alteradas.

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Como são os jogos play-to-earn?

O play-to-earn é o sistema de recompensas em que os usuários ganham algo em troca para jogar. 

O formato do pagamento da recompensa pode variar, assim como a forma de transformar o retorno em moedas como o dólar ou o real.  

Recentemente, o aumento da popularidade das moedas digitais e NFTs impulsionaram outros setores correlacionados aos criptoativos, e os games play-to-earn são um deles. Foi assim que as gamecoins começaram a chamar a atenção. 

Segundo o CoinMarketCap, entre janeiro e julho de 2021, a Axie Infinity (AXS) teve valorização de 27.000%, passando de US$ 0,59 para US$ 160, por exemplo. Já o Decentraland (MANA) registrou alta de espantosos 626.285% entre janeiro e novembro do mesmo ano, saindo do preço de US$ 0,83 para US$ 5.199. 

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Cada jogo funciona à sua maneira. Desenvolvido pelo estúdio Sky Mavis na Ethereum, o Axie Infinity é parecido com os games da franquia Pokémon

Cada usuário tem um time de personagens, as chamadas axies. Eles batalham entre si e quem vence recebe em troca os criptoativos. 

Para jogar, a pessoa precisa comprar e formar um time com pelo menos três axies, além disso é necessário abrir uma conta na exchange Foxbit e adquirir alguns ethers (ETH) com dinheiro real.

Já para jogar o Decentraland (MANA), um dos maiores jogos do metaverso, o usuário precisa de um computador e uma carteira digital para vincular os tokens que serão usados no pagamento durante a jornada no mundo virtual.

Assim como no Axie Infinity (AXS), também é preciso gastar algumas MANAs para começar a jogar. Além das moedas digitais, as carteiras também são usadas para guardar roupas e avatares.

Uma das maneiras mais comuns de ganhar dinheiro no universo do Decentraland é com a construção e negociação de terrenos do seu metaverso. Mas é possível executar outras ações, como usar os terrenos para anúncios publicitários ou expor ativos como artes. Uma quarta alternativa é realizar eventos.

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