Web 3.0: o futuro descentralizado da internet

mar 22, 2024 | Radar Foxbit

Se comparado com o início dos anos 2000, o acesso à internet, hoje, está muito mais capilarizado. Para se ter uma ideia, com uma população mundial estimada em 8 bilhões de pessoas, 5,65 bilhões estão conectadas na web de alguma maneira. E não é difícil entender o porquê. Afinal, basicamente tudo o que fazemos hoje: de investimentos e serviços bancários até entretenimento e comunicação, está na internet.

Por estarmos perto demais e vivenciando intensamente o mundo digital todos os dias, talvez seja difícil para nós identificar as mudanças tecnológicas que já estão acontecendo neste setor. E pode ser que você não tenha percebido, mas a maneira que você está se comportando dentro da internet também já é bem diferente: há muito mais cuidado com seus dados pessoais e uma exigência maior por aplicações de qualidade e personalizadas.

É nesta “atualização” da internet que entram conceitos importantes, como o da Web 3.0, que não só promete, como já está revolucionando o mundo digital. A nova Era da tecnologia está aqui, e é importante que você, usuário e empresa estejam prontos!


Classificando a Web 3.0

Web 3.0 é a terceira geração da internet, em que seu funcionamento se baseia no uso de tecnologias descentralizadas, como a blockchain. A proposta, com isso, é criar um ambiente digital mais acessível, interconectado e até mesmo com uma economia própria, a partir das criptomoedas.

Mais do que isso, há um grande foco na segurança da internet, principalmente quando falamos de dados. Na Web 3.0, a coleta de dados fica restrita, com o usuário sendo, de fato, o dono de suas próprias informações, não mais as grandes empresas. Se de um lado isso representa uma responsabilidade grande ao internauta, por outro aumenta muito a privacidade e também a liberdade dentro do mundo digital.


Web 3.0 vai chacoalhar a internet atual

A internet está no que é considerado sua segunda Era. Lá na antiga Web 1.0, a rede funcionava de forma bastante estática. Então, os sites não tinham qualquer interação, sendo usados apenas para fins informativos. Por isso, a maioria dos sites costumam ser um portal de notícias dos grandes jornais.

Com o avanço da tecnologia, a Web 2.0 colocou o internauta como um agente ativo, a partir do aumento da interatividade. Assim, o usuário deixou de ser um mero expectador e passou a também produzir conteúdos para a rede – Instagram, TikTok, Twitter (X) e outras redes sociais não nos deixam mentir.

Considerando este histórico, o que muda, então, entre a Web 2.0 e a Web 3.0?

Descentralização: É fácil de observar que a Web 2.0 (internet atual) é caracterizada pelo domínio de grandes empresas que controlam grandes volumes de dados e a experiência do usuário. Na Web 3.0, o jogo muda! Com a descentralização, a dependência dessas instituições é reduzida, fazendo com que todas essas informações sejam distribuídas e controladas pelos próprios internautas.

Interoperabilidade: Enquanto a Web 2.0 opera em segmentos fechados, a Web 3 promove a interoperabilidade entre diferentes serviços e aplicações. Isso permite uma experiência mais fluida e integrada ao usuário, independente da plataforma em que estiver conectado.

Identidade: A identidade na Web 2.0 é fragmentada e dependente de intermediários. Já a Web 3 permite a criação de uma identidade digital autossuficiente, flexível e segura, por conta do uso de tecnologias como blockchain.

Participação: Ao contrário da Web 2.0, a Web 3.0 dá mais poder ao usuário, que pode participar da governança, seja dos próprios dados ou até mesmo na mudança de protocolos. Isso dá mais poder para decidir não só o que fazer, mas como fazer dentro da internet.

Economia: Enquanto o modelo atual é, em grande parte, pautado pela economia tradicional, a Web 3.0 coloca no radar a possibilidade do uso de criptomoedas e plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) para que seja criada uma economia mais justa entre os e-commerces, e permitindo que os próprios internautas ofereçam serviços financeiros aos outros usuários, tudo de forma garantida via smart contracts.


As tecnologias por trás da Web 3.0

Para todo este novo escopo funcionar, é preciso uma tecnologia robusta. E não só já temos estas ferramentas, como elas já estão sendo aplicadas em diversos setores da economia e, claro, também na internet.

Blockchain: A blockchain é a base da Web 3.0. O livro-razão distribuído registra transações e informações de maneira segura, transparente e imutável. Isso facilita a perspectiva descentralizada proposta pela nova Era da internet.

Criptomoedas: Além de serem usadas para transações financeiras em uma nova economia digital, as criptomoedas também desempenham um papel importante na governança e incentivo das redes descentralizadas que constroem a Web 3.

Contratos inteligentes: Os smart contracts são programas de computador autoexecutáveis que operam na blockchain. A tecnologia permite a criação de acordos 100% digitais, em que cada etapa é cumprida de forma automática, conforme as condições pré-definidas são atendidas.

Metaverso: Bastante conhecido atualmente, o metaverso nada mais é do que a representação digital de diferentes ambientes.. Neles, os usuários podem interagir, jogar, comprar e transacionar. O metaverso da Web 3.0 é construído sobre princípios de propriedade digital e interação descentralizada.

DeFi: As finanças descentralizadas operam como um ecossistema completo de serviços financeiros construído sobre redes blockchain. Este tipo de “produto” passa a ficar isento da necessidade de qualquer intermediário, o que barateia e desburocratiza operações, como empréstimos, seguros, negociação de ativos, compras, entre outros.


Empresas que já estão na Web 3.0

A Web 3.0 pode parecer ainda muito distante. Mas como comentamos no início deste artigo, talvez a gente esteja perto demais para ver que ela, na verdade, já está acontecendo. Há empresas e projetos importantes investindo e oferecendo tecnologias para a nova Eera da internet.

A ConsenSys, por exemplo, é uma das principais incubadoras de projetos baseados em Ethereum, desenvolvendo infraestrutura, aplicações e práticas para ambientes descentralizados. Esta blockchain é considerada a mais completa e eficiente para a criação de smart contracts e plataformas DeFi – ou seja, um prato cheio para Web 3.0.

Entre as várias participantes deste segmento, a Filecoin está por aqui há alguns anos já. Ela se destaca no armazenamento de dados descentralizado, oferecendo uma alternativa segura e distribuída aos serviços de armazenamento em nuvem convencionais. Enquanto isso, a Chainlink traz uma perspectiva nova ao lidar com os smart contracts. A tecnologia consegue interagir de forma bem eficiente e descentralizada com os dados do mundo real, conectando blockchains e informações externas.

Um projeto bastante conhecido também é a Decentraland, que é um dos metaversos mais famosos que existem. Ela permite que os usuários negociem propriedades e experiências no mundo virtual.  Já a UniSwap é uma gigante no setor de finanças descentralizadas, facilitando a troca de criptomoedas e outros serviços, sem que seja preciso o apoio de intermediários.


Não falta muito para o jogo virar

Seria impreciso dizer que a Web 3.0 está operando 100% no mundo digital. Porém, negar sua existência e aplicações já em andamento seria igualmente irresponsável. Fato mesmo é que a tecnologia está avançando rapidamente e, quando a gente menos esperar, estaremos vivendo no mundo virtual descentralizada da nova Era da internet.

As interações e relações entre usuários e empresas vai mudar – e não vai ser pouco. Por isso, é importante estar preparado para quando esta tendência virar o jogo, se apoiando em soluções de blockchain, pagamentos com criptomoedas, tokenização de ativos e outras ferramentas.

Todas essas soluções e serviços estão presentes aqui na Foxbit Business. Nosso time de especialistas tem tudo o que você precisa para entrar de vez na Web 3.0 e manter sua marca não só relevante, como também inovadora!

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