Como funciona a DeFi? Modelo opera sem uma autoridade monetária central

mar 6, 2023 | Blog

Junto das fintechs, as carteiras e bancos digitais surgiram ao longo da última década para oferecer serviços financeiros mais ágeis e acessíveis para os clientes. No universo dos criptoativos, uma tecnologia que pode ser igualmente revolucionária são as finanças descentralizadas (DeFi), que funcionam fora do escopo de autoridades monetárias. Entenda mais sobre DeFi e o seu impacto na economia tradicional. 

O que é DeFi?

O termo DeFi (descentralized finance) compreende um universo de serviços financeiros lastreados em criptomoedas, como empréstimos, transferências, financiamentos, hipotecas e pagamentos de produtos e serviços, entre outros.

Essas operações são registradas em blockchain, grande banco de dados público que é utilizado para armazenar as informações de criptoativos, moedas digitais, NFTs e até sobre propriedade intelectual, como direitos autorais.

Ao operar de forma descentralizada, a blockchain funciona independentemente ao crivo de autoridades monetárias como o Banco Central. 

Assim, as operações em DeFi são realizadas por meio de smart contracts (contratos inteligentes, na tradução do inglês), que podem definir as bases de determinada transação ou negócio. 

Esses contratos inteligentes funcionam por meio de algoritmos. Uma vez que determinada condição estabelecida previamente for alcançada, o negócio é concluído de forma automática

Por outro lado, em caso de falta de pagamento ou inadimplência, por exemplo, aquele acordo é desfeito rapidamente. Isso tudo sem o envolvimento de terceiros, como o Poder Judiciário, para resolver tal impasse.

Saiba mais: Smart Contracts: o que são e como funcionam?

Onde rodam os negócios em DeFi?

Há quem diga que o ecossistema DeFi teve início com o lançamento do bitcoin, a primeira e mais valiosa moeda digital do mundo, em 2009. No entanto, as transações financeiras e o envio e recebimento de recursos acontecem na blockchain.

E a mais famosa delas é a rede Ethereum, que foi fundada por Vitalik Buterin em 2013, entrando em vigor dois anos depois junto com os contratos inteligentes. 

Após a Ethereum se tornar de fato realidade, muitas pessoas, antes céticas, começaram a ver o universo das criptomoedas e finanças descentralizadas com outros olhos, como algo com potencial real de alavancar novas formas de usar recursos.

Desde então, várias outras redes alternativas despontaram e são utilizadas por simpatizantes de criptoativos. 

Neste sentido, podemos mencionar a Solana (SOL), Binance Smart Chain (BSC), Cardano (ADA) e Polkadot (DOT). 

Além da movimentação de ativos, desenvolvedores podem utilizar essas redes para desenvolver aplicativos descentralizados, os dApps, em setores, como games e finanças.

Saiba mais: Inteligência artificial e criptomoedas: um futuro promissor

DeFi: as vantagens de um modelo inovador

Com o crescimento da economia digital, dos aplicativos e do surgimento de smartphones cada vez mais rápidos, também nasceram novas formas de cibercrimes para tomar os recursos de investidores. 

Assim, a primeira vantagem dos protocolos em DeFi é que eles prometem mais segurança

Por rodar em blockchain, as aplicações são transparentes e só podem ser alteradas pelos participantes da rede.

Outro ponto é que é possível transferir recursos para outro país rapidamente, sem depender de taxas, juros ou do câmbio do dia.

Isso gera uma redução de custos e facilidades para usuários, investidores e empresas, podendo impulsionar novos negócios e ferramentas alternativas. 

Para comprar ou vender um ativo, os integrantes podem usar as exchanges descentralizadas (DEX). Elas funcionam como as corretoras de valores no mercado financeiro, só que dentro do universo cripto. 

Entretanto, a grande diferença é que não existe uma instituição central que faz a ponte entre quem compra determinado fundo ou fatia de uma empresa e quem os disponibiliza. 

Além disso, é possível executar uma infinidade de ações, como adquirir criptomoedas tradicionais, a exemplo de bitcoin (BTC) ou ether (ETH), comprar NFTs de arte, tomar empréstimos, fazer financiamentos imobiliários ou programar um depósito ou investimento.

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