Sustentabilidade: Blockchain mostra eficiência na redução e rastreio das pegadas de carbono

mar 22, 2024 | Radar Foxbit

Reduzir as chamadas pegadas de carbono se tornou a meta da maioria das empresas. Afinal, isto não só é bom para a própria marca, mas também gera confiança, credibilidade, ações de sustentabilidade e até mesmo economia para as operações dessas instituições. Mesmo assim, ainda há um grande caminho a ser percorrido para atingir os níveis desejados de uso de energia limpa.

Enquanto diversos setores são constantemente criticados pelos seus altos consumos energéticos, é claro que o mercado tecnológico não passou ileso. Ainda mais quando voltamos para 2021, e observamos os comentários feitos em relação ao Bitcoin e a blockchain.


Iniciando com a polêmica

O empresário Elon Musk é conhecido mundialmente por ser dono de diversas empresas inovadoras. Entre elas, a Tesla, responsável por fabricar carros esportivos abastecidos não mais com combustíveis fósseis, mas, sim, por eletricidade.

Em 2021, ele demonstrou sua relação dúbia com as criptomoedas. Crítico, mas ao mesmo tempo um entusiasta, Musk anunciou que a Tesla passaria a aceitar Bitcoin (BTC) como meio de pagamento pelos seus automóveis. Porém, cerca de um mês depois, o empresário voltou atrás, alegando o alto consumo energético vindo da mineração de BTC, especificamente.

Isso fez com que vários pesquisadores mundo afora colocassem uma lupa sobre a blockchain, tentando identificar qualquer possível passo fora da linha na questão da sustentabilidade.

Ninguém aqui é irresponsável de dizer que a tecnologia não é uma grande consumidora de energia. Até porque, há diversos estudos e gráficos que comprovam isso. Porém, pouco foi olhado o outro lado da moeda, sobre como a blockchain está reavivando a indústria de energia sustentável e até o aumento considerável no consumo de fontes limpas.


Blockchain também é sustentável

Apesar de algumas narrativas remanescentes contrárias apontando a blockchain como inimiga do meio ambiente, o quebra-cabeça completo do consumo energético mostra um viés relativamente diferente entre as indústrias.

Há, sim, um crescente aumento na produção de energia limpa no mundo. De 2022 para 2023, por exemplo, o volume obtido aumentou em 50%. Porém, o maior consumo global segue sendo de fontes não necessariamente renováveis. Segundo reportagem da Forbes, 82% do consumo total de energia primária vem de combustíveis fósseis.

Enquanto isso, o consumo de energia renovável a partir da mineração de Bitcoin, por exemplo, é de 54%. Isso é porque a indústria cripto é boazinha? Não! Todos estão visando o lucro próprio. Mas é inegável que o setor de eletricidade limpa está em passos muito mais avançados na blockchain do que nos setores econômicos tradicionais.


Com isso, não só há um encorajamento para a utilização de fontes renováveis de energia, como ainda também aquece este setor, seja pelo próprio desenvolvimento das empresas de produção energética até pelo apoio da própria blockchain em aprimorar e trazer novas soluções sustentáveis.


Muitas inovações surgem com a blockchain

A blockchain é uma tecnologia extremamente versátil. Então, é óbvio, que o setor energético também pode usufruir de todos os aspectos técnicos desta ferramenta. Parte disso se dá pela possibilidade de interoperabilidade entre diferentes sistemas e também pela construção de smart contracts.

Isso cria novos modelos de negócios para o mercado de energia, tornando a gestão e distribuição de dados e energia renovável muito mais eficiente e transparente. Empresas como a Grid+ estão utilizando a blockchain para conectar consumidores diretamente à rede elétrica, potencialmente reduzindo as contas de energia em até 40% e promovendo um mercado de energia mais equitativo e estável.

Claro que ainda há muito o que se desenvolver por aqui. Mas a solução para tornar o consumo energético via blockchains já existe e está sendo rapidamente aplicada. A partir de modelos de consenso mais “leves”, como o Proof-of-Stake (PoS), as operações dentro da rede criptografada ficam extremamente baratas, já que elas não dependem de um grande poder de processamento computacional. Portanto, não há máquinas intensamente trabalhando. O Ethereum é um bom exemplo disso.


Blockchain na prática para mais sustentabilidade

Como comentado anteriormente, a blockchain é uma tecnologia extremamente flexível. Por isso, além de ser usada para transferências de valores, como no caso do Bitcoin, está cada vez mais comum ver empresas do varejo, automobilística, produtores de alimentos, e tantas outras aplicando a rede criptografada para trazer mais eficiência e transparência, assim como reduzir custos de suas operações.

No caso das indústrias de energia, há aplicações muito claras já sendo utilizadas, como:

Distribuição de energia: A blockchain facilita a criação de mercados peer-to-peer de energia, em que os usuários podem comprar e vender energia excedente de fontes renováveis, como solar e eólica, diretamente entre si, sem a necessidade de intermediários. Isso não apenas incentiva a produção e o consumo de energia verde, mas também promove a descentralização da geração de energia, contribuindo para a resiliência e sustentabilidade do sistema energético.

Rastreamento de poluentes: Empresas e governos podem utilizar a blockchain para rastrear e verificar a redução de emissões de carbono de maneira transparente e imutável. Isso pode facilitar o comércio de créditos de carbono e incentivar práticas empresariais mais sustentáveis, além de fornecer aos consumidores informações confiáveis sobre a pegada de carbono dos produtos que compram.

Gestão de resíduos: A tecnologia blockchain pode ser aplicada para melhorar a rastreabilidade de materiais recicláveis e resíduos, garantindo que eles sejam adequadamente coletados, reciclados e reutilizados. Isso não apenas aumenta a eficiência dos programas de reciclagem, mas também incentiva a economia circular, reduzindo o desperdício e promovendo o uso sustentável dos recursos.


Tokenização da sustentabilidade

Muitas dessas soluções já estão disponíveis no Brasil e as mais conhecidas delas têm parceria com o Grupo Foxbit, como é o caso da MoSS e Ambify. Ambas possuem seus tokens próprios relacionados às pegadas de carbono e compensação de poluentes.

No caso da MoSS, seu token é o MCO2, cada, Cada unidade equivale a um crédito de carbono para a Amazônia, o que reverte em ações protetivas e de compensação natural. Ou seja, apesar de não eliminar o alto consumo de combustíveis fósseis pelo mundo, é possível mitigar os impactos ambientais que esse tipo de energia gera em nossas florestas.

Em uma linha semelhante, a ABFY, token da Ambify, mira em soluções mais amplas, com foco na compensação e retirada do excesso de CO2 do ar. As ações também têm destino à Amazônia, mas há ainda todo um projeto de economia circular, em que tudo o que é descartado pelas indústrias se recicla e retorna à cadeia produtiva.


Blockchain: você escolhe sua solução

É fato que a blockchain oferece um caminho promissor para abordar desafios de sustentabilidade ambiental, desde a transformação do setor energético até a promoção de práticas de negócios mais verdes e responsáveis.

Ao mesmo tempo, é fundamental que a comunidade global continue a explorar e implementar soluções para mitigar o impacto ambiental de suas ações e até mesmo da própria tecnologia.

Por isso, seja por meio da tokenização de ativos, geração de smart contracts ou até meios de pagamentos mais resilientes e sustentáveis, a tecnologia blockchain está aí para mudar o mundo! E todas essas soluções você encontra para sua empresa aqui na Foxbit Business!

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