Após o crescimento recente das moedas digitais, a introdução de ferramentas relacionadas a criptoativos em negócios tradicionais tem se tornado cada vez mais frequente. Uma das novas tecnologias que começam a ganhar tração no mercado é a Web3. Considerada a terceira geração da internet, a Web3 é um modelo descentralizado que conta com Inteligência Artificial e tem seus registros feitos em blockchain.
Agora, a Web 3.0 começa a despertar o interesse de grandes empresas e a se propagar com as carteiras digitais. Entenda mais a respeito a seguir.
A Web3 em grandes empresas
Meta
Na Meta, a holding proprietária de mídias sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp, a Web 3.0 é compreendida como um importante auxílio para as suas iniciativas no metaverso.
Desde setembro de 2021, a companhia mudou seu nome de Facebook para Meta com o objetivo de explorar as novas possibilidades neste ambiente que mistura a realidade e os ambientes imersivos.
Até outubro do ano passado, a Meta havia investido US$ 15 bilhões de um total de US$ 100 bilhões previstos em recursos para o seu programa do metaverso ao longo dos próximos anos, de acordo com o Pipeline.
No microblog, a aposta na terceira geração da internet passa pelos NFTs (non-fungible tokens).
Desde 2022, os usuários da plataforma podem adicionar os tokens não-fungíveis de arte como foto de perfil a partir de uma conexão com uma carteira de criptomoedas.
A estratégia surgiu com o Twitter Blue, plano de assinatura da rede social que, além dos NFTs, oferece benefícios, como o selo verificado na conta, edição de tweets, carregamentos de vídeos mais longos, navegação customizada, possibilidade de escrever textos mais extensos, entre outras funcionalidades.
Em 2021, o Twitter lançou 140 NFTs, por meio do marketplace Rarible, e distribuiu os tokens aos usuários por meio de sorteio.
Microsoft
A Microsoft, uma das maiores big techs do mundo, firmou uma parceria com a Astar Network, uma rede blockchain que tem o objetivo de se tornar um grande hub de contratos inteligentes.
O movimento acontecerá com auxílio na construção e implementação do Astar Incubation Program, um programa de incubação que visa prospectar negócios na esfera da Web3.
Com sessões de mentorias, ajuda na captação de investimentos para startups em estágio inicial e redes de contatos, a companhia fundada por Bill Gates tem a missão de colaborar com o desenvolvimento de diferentes negócios.
Carteiras digitais na Web3
Nos últimos anos, as carteiras digitais de fintechs se propagaram com grande velocidade no mercado brasileiro. O mesmo ocorreu no universo cripto, com a possibilidade de comprar, guardar, enviar e receber criptomoedas.
Por sua vez, as wallets na Web3 permitem movimentar NFTs, interagir com smart contracts e transacionar valores sem ter como intermediários os bancos tradicionais.
Um dos ganhos de usar as wallets na Web3 é ter a proteção e a privacidade de dados sigilosos.
Como as operações são registradas em blockchain, grande banco de dados público, descentralizado e imutável, fica praticamente impossível alterar qualquer ativo sem a autorização de seus usuários.
As carteiras digitais facilitam o acesso às finanças descentralizadas (DeFi), conectam tokens das blockchains a projetos de DeFi, permitem a compra de criptoativos com cartões de crédito e oferecem suporte para colecionar NFTs, entre outras funções.
