Vídeogame não é coisa de criança: é business e blockchain!

jun 3, 2024 | Não categorizado, Radar Foxbit

Sabe aquela história de que videogame é coisa de criança? Essa narrativa envelheceu, e envelheceu mal. É claro que os mais jovens gostam de sentar na frente da televisão ou smartphone – ainda mais hoje – para jogar alguma coisa. Mas essa não é a verdade absoluta.

Desde o final dos anos 1980 e começo dos anos 1990, ficou muito claro que videogame, na realidade, é coisa de adulto. Basta ver o sucesso que a Sega conseguiu emplacar – em um período curto, tudo bem – na venda de consoles. Muito por conta de sua proposta mais “adulta”, na contramão do “Family Computer” (Nintendinho para nós do Brasil), que oferecia um ambiente mais “leve” e “infantil”.

De lá pra cá, a temática adulta continuou nos jogos, mostrando que esta é uma indústria com um potencial de capitalização impressionante e, claro, um negócio em que as empresas estão cada vez mais apostando. Ainda mais com a chegada da Web 3.0 e suporte da blockchain.

Quem joga videogame?

O Radar 3.0 desta semana foi atrás de uma série de dados de mercado para entender quem de fato joga videogame. E como você já recebeu um spoiler, são os adultos que mais consomem este tipo de produto. Pelo menos é o que os levantamentos da Statista, ExplodingTopics e PlayToday apontam.

No compilado, o primeiro impacto é que o gênero está cada vez mais equilibrado, com homens e mulheres praticamente dividindo espaço meio a meio em todas as faixas etárias. Isso desmistifica completamente a presença masculina dominante.

Em relação à idade, a média está na casa dos 35 anos. Mas para ser justo, a faixa entre 18 e 44 anos é responsável por 52% do consumo global de videogame.

Tabela

Enquanto isso, as crianças, ou seja, abaixo de 18 anos, detém 20% desta fatia. Ou seja, quem joga videogame é o adulto e nem estamos falando do adulto-jovem, tá?

Capital para o mercado de games

A indústria de jogos é uma das mais competitivas e lucrativas do mundo atualmente. E se ainda há alguma dúvida sobre isso, os dados da casa de análises NewZoo não deixam mentir. Só em 2023, o mercado global registrou uma receita de US$ 184 bilhões.

gráfico

Deste total, é claro que a Ásia e a América do Norte dominam. Afinal, as principais produtoras de games estão lá. Mesmo assim, a América Latina não faz feio – mas também não faz bonito – e detém cerca de 5% deste market share.

Para o futuro, a perspectiva é enorme para o mercado de games, principalmente porque tem duas tecnologias que já estão mudando a forma como os jogadores se relacionam com as produções: blockchain e Web 3.0.

Um futuro de jogos descentralizados

Se o mercado de games já foi positivo em 2023, para o futuro a tendência permanece otimista. As expectativas apontam que o setor deve registrar uma receita de US$ 205 bilhões em 2026.

E este número pode ser ainda maior, conforme a implementação de soluções blockchain e Web 3.0 acontecem.

Enquanto isso não acontece no chamado mainstream, há uma categoria específica de jogos chamada de “GameFi”. Para se referir a eles, talvez você já tenha visto também os termos play-to-earn ou jogos em blockchain.

Apesar de relativamente autoexplicativos, os GameFis são jogos desenvolvidos em blockchain, que oferecem incentivos constantes para os players continuarem jogando. Essas “recompensas” podem ser skins ou experiências exclusivas via NFTs ou, então, uma espécie de “remuneração” por parte das criptomoedas nativas daquela plataforma.

Neste caso, o Axie Infinity talvez seja o melhor exemplo. O jogo, que colocava três bichinhos (NFTs) para batalhar, exigia que o usuário comprasse os tokens de seus personagens.

Porém, esse “investimento” era revertido não só em diversão, mas também ao acesso de outros produtos e até mesmo na criptomoeda SLP (Smooth Love Potion). Então, com este token era possível comprar novos itens dentro da produção ou vendê-lo em alguma exchange em troca de reais ou dólares, o que, claro, viralizou entre os jogadores e criou até “academias” para facilitar a participação das pessoas.

NFTs, tokenização, criptomoedas… Todos esses elementos que compõem o GameFi mostram que a Web 3 e blockchain são pontos de interesse comum para o desenvolvimento dessas produções.

Ecossistema GameFi

Ao contrário do que muitos imaginam, o cenário de GameFi é bastante amplo. Há jogos para os mais diferentes estilos, apresentando uma variedade interessante que agrada empresas e jogadores, como aponta o relatório “GameFi Levels Up”, da CoinGecko.

É óbvio que nem todos eles são um sucesso. Assim como acontece no mercado tradicional de games, algumas produções acabam ficando pelo caminho ou não atingem o número de usuários desejado. Mesmo assim, nota-se que há uma diversidade nas produções, o que sugere um foco grande na produção de jogos para, depois, mirar no GameFi.

Desses todos, Farming, Mining e Card Games são os mais atrativos aos jogadores no levantamento.

Até a reta final de 2023, os números mostravam que a média de usuários ativos diariamente nos Top 20 GameFis era de 685 mil, com Alien World, Farmers World e Splinterlands como os mais jogados. No total, foram mais de 1,05 milhão de players conectados.

As novas soluções para blockchains tem sido um dos grandes fatores para que novos jogos sejam desenvolvidos de maneira eficiente. Interessante observar que o Ethereum segue dominando as ações neste setor, mesmo que de forma “espalhada”. Afinal, Polygon e Arbitrum, por exemplo, são redes estruturadas para dar escalabilidade ao Ethereum. Mesmo assim, há outras plataformas amplamente discutidas e utilizadas pelos desenvolvedores.

Valores e acessos

Ao aprofundar a leitura em um prazo menor, há um nítido crescimento do setor de GameFi no mundo. Segundo um levantamento a partir de dados da DappRadar, nos últimos 30 dias, os top 10 jogos que mais acumularam receitas somaram mais US$ 500 milhões no período. Destaque para o Axie Infinity que, apesar do hype ter passado, ainda conta com uma comunidade financeira bastante ativa.

Já em relação ao número de usuários ativos, este top 10 muda. Afinal, não necessariamente uma base de jogadores alta vai movimentar grandes volumes financeiros. Ainda mais que cada produção segue sua própria linha de incentivos e receita. Mesmo assim, estamos falando de quase 12 milhões de endereços ativos entre os dez games mais “populosos”.

Novas soluções para GameFi

O demonstrativo do Radar 3.0 desta semana apenas mostra como o mercado de jogos, principalmente os desenvolvidos em blockchain, estão em ampla expansão. E é por isso que novas tecnologias estão sendo criadas para dar suporte a estas produções.

Assim como a famosa GALA surgiu como um ambiente de desenvolvimento de GameFi, a Ronin também aparece para trazer uma infraestrutura completa para que os programadores e empresas possam criar seus jogos. Sempre, claro, com o conceito de Web 3.0 e blockchain por trás.

O gráfico da atividade da Ronin mostra como a procura por este tipo de serviço cresceu bastante nos últimos meses, sinalizando o interesse do mercado neste tipo de solução. Pixels e Axie Infinity são os dois GameFis mais famosos que operam dentro desta rede que, inclusive, foi desenvolvida por um dos fundadores do próprio Axie Infinity.

Isso faz com que o mercado tenha acesso não mais a possíveis jogos de sucesso para se investir, mas, sim, em um ecossistema de GameFi, em que qualquer produção pode aproveitar as vantagens da blockchain.

Inovações das indústrias

Assim como a indústria de games está ganhando cada vez mais corpo no ambiente Web 3.0, com as GameFis, outros setores da economia também podem se beneficiar deste desenvolvimento tecnológico.

Com foco em transparência, experiência, desburocratização, acessibilidade e engajamento, o uso da blockchain em qualquer segmento está mudando a maneira como as empresas se desenvolvem e interagem com seus clientes.

Essas soluções, apesar de muito tecnológicas, já estão disponíveis para qualquer instituição que queira colocar um produto, ativo ou produção na nova economia. No Brasil, isso é possível com as soluções da Foxbit Business, a partir de pagamentos com criptomoedas, crypto-as-a-service, tokenização de ativos, geração de NFTs e muito mais!

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