1 bilhão de transações: Marca do Bitcoin serve como case para implementação corporativa

maio 9, 2024 | Radar Foxbit

Durante alguns anos, um dos grandes pontos de dificuldade apontados por líderes técnicos de grandes empresas é que transacionar ativos dentro das blockchains pode ser um processo não só custoso, mas lento. De fato, essa narrativa fazia muito sentido, mas esse já foi um problema deixado para trás.

Tanto é que, esta semana, o Bitcoin atingiu a incrível marca de 1 bilhão de transações realizadas dentro de sua rede. Este número é expressivo, pois mostra que as tecnologias de segunda camada (layer-2) estão mudando a forma como as grandes blockchains operam.

E, claro, isso tem um impacto direto não só no desempenho do ativo, mas, principalmente, em como as grandes empresas podem se beneficiar de soluções criptográficas cada vez mais velozes, baratas e escaláveis.

Limitações da blockchain do Bitcoin

Idealizado em 2008 e disponibilizado ao público em 2009, o Bitcoin surgiu com a proposta de ser uma moeda descentralizada e criptografada, em que as pessoas pudessem realizar transações financeiras peer-to-peer (P2P), sem a necessidade de intermediários no processo.

A partir de uma perspectiva técnica inviolável pautada pelo algoritmo de consenso Proof-of-Work (PoW), o volume de transações por segundo (TPS) da rede não só apresentava como ainda registra suas limitações. Dados on-chain apontam que a blockchain do Bitcoin é capaz de realizar de 7 a 10 transações por segundo.

Este é um volume extremamente baixo em relação ao que as operadoras de pagamentos tradicionais, como a Visa, conseguem lidar. Segundo o próprio site da provedora, a “rede chega hoje a todos os cantos do planeta e consegue autorizar até 65.000 transações por segundo, em 160 moedas diferentes”.

Isso trouxe a percepção – correta, inclusive – de que transferir valor (BTC) via blockchain era pouco eficiente. E nem vamos falar aqui sobre o desenvolvimento de novas tecnologias, como smart contracs e aplicativos descentralizados (dApps).

Avanços da blockchain

Esta, porém, é uma narrativa que, há alguns anos, já pode ser “escanteada”. Afinal, assim como nenhuma tecnologia nasce pronta, a história, claro, não foi diferente com a blockchain. Houve um processo de desenvolvimento muito rápido e expressivo de diferentes infraestruturas, em que as soluções de layer-2 conseguiram resolver diversos desafios das redes descentralizadas. Entre elas, a escalabilidade.

Poderíamos ficar linhas e mais linhas aqui discutindo e apresentando os diferentes projetos de segunda camada que, hoje, permitem o Ethereum se manter competitivo na criação de dApps, smart contracts e outras soluções.

Mas nosso foco aqui, hoje, é o Bitcoin. E mais precisamente, a Lightning Network!

As soluções da Lightning Network

Não adianta tapar o sol com a peneira ou falar coisas “sofisticadas” aqui. Fato é que, sim, a rede do Bitcoin ainda é lenta para transação de valores em comparação com outros players… Mas isso não vale para suas tecnologias adjacentes, como a Lightning Network.

A Lightning Network é uma solução de segunda camada. Ou seja, ela utiliza todo o mecanismo e segurança da blockchain principal – no caso o Bitcoin –, mas cria uma via paralela em que, a partir de sua própria metodologia, consegue validar transações de forma bem mais rápida e barata, o que acaba descongestionando a chamada mainnet.

Com isso, enquanto a blockchain do Bitcoin fica entre 7 e 10 TPS, a Lightning Network alcança impressionantes 1 milhão de transações por segundo, e uma capacidade de lidar com 4,8 mil BTCs.

grafico

Tudo isso, a partir de um modelo estrutural em que canais são criados entre os usuários, permitindo diversas transferências a partir desta única via, com acesso sem muita restrição de tempo. Isso elimina a necessidade de operações unitárias para que cada transferência seja processada na rede.

Isso quer dizer que a Lightning Network possui uma eficiência muito maior do que a rede principal, mas sem perder um único nível de segurança apresentado pela blockchain do Bitcoin. Até porque, são quase 16 mil computadores ligados apenas a essa solução.

grafico bitcoin nodes

1 bilhão de transações

De acordo com dados on-chain, a transação de número 1 bilhão dentro da rede do Bitcoin foi alcançada no último domingo (05/05). Isso destaca que foram necessárias pouco mais de 800 semanas – desde seu lançamento em 2009 – para que a marca fosse alcançada.

Apesar da grande capacidade da Lightning Network em apresentar um TPS de 1 milhão, os primeiros seis dias de maio processaram mais de 2 milhões de transações com Bitcoin. A média mínima mensal de movimentações dentro da rede, no acumulado dos últimos 12 meses, é de 10 milhões.

Este volume mostra que ainda há um espaço ocioso considerável das transações dentro da rede, isso considerando apenas a capacidade da Lightning Network. Ou seja, a tecnologia está subutilizada, pois muitos líderes técnicos não sabem como aproveitar as soluções da blockchain para meios de pagamentos e tokenização de ativos, assim como ficaram presos às antigas narrativas.

Bitcoin no ambiente corporativo

Vamos tentar esquecer e desvincular a percepção sobre o preço da criptomoeda. O fato técnico é que, hoje, a maior e mais segura blockchain do mundo é a do Bitcoin. Pensando para o ambiente corporativo, talvez existam plataformas mais próprias para o desenvolvimento de soluções empresariais… Pelo menos era o que estava sobre a mesa até agora.

Do lado da história em que as coisas já “funcionam”, a Lightning Network abriu não uma estrada, mas um complexo rodoviário inteiro para realizar mais transações por segundo do que a gigante Visa. Portanto, temos agora um uso possível e real para a criptomoeda como meio de pagamento.

Agora, novos protocolos chegaram à blockchain, abrindo espaço para outras funcionalidades. Os Ordinals e os Runes trouxeram a capacidade para que a rede fosse capaz de produzir tokens fungíveis e não fungíveis (NFTs). Algo que, até então, era praticamente impossível.

Na prática, estamos falando que, em um futuro muito, muito próximo, a blockchain do Bitcoin poderá estar desenvolvendo dApps, soluções de finanças descentralizadas (DeFi), tokenização de ativos, execução de smart contracts e muito mais!

Um verdadeiro caso de uso

Muitas teses e tecnologias precisam se provar externamente ao seu próprio desenvolvimento. Porém, o que o ecossistema blockchain oferece é uma evolução totalmente internalizada, imersiva e descentralizada.

A voz da comunidade não é um sinal, ela é ação. Os próprios programadores estão olhando e buscando soluções por conta própria para que a rede se torne cada vez mais eficiente. Com isso, o próprio Bitcoin se torna seu próprio case de sucesso.

O que começou lá atrás com uma “simples” moeda descentralizada, hoje é capaz de ser um meio de pagamento praticamente invencível em termos de segurança e custo, assim como pode promover um ambiente tecnológico conectado que nenhum outro setor do mundo oferece.

Assim, graças às soluções de segunda camada, cada vez mais as empresas estão olhando para o Bitcoin como uma ferramenta de desenvolvimento de novas tecnologias, e menos como uma moeda de investimento.

Se você quer implementar essas e outras soluções criptográficas na sua empresa, a Foxbit Business é capaz de guiar você na escolha mais assertiva, seja para meios de pagamento, tokenização de ativos ou crypto-as-a-service. De algum jeito, o Bitcoin vai te colocar na cadeira cativa da nova economia!

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