Como as stablecoins estão redefinindo o comércio exterior brasileiro

dez 1, 2025 | Radar Foxbit

Durante décadas, o comércio internacional foi dominado por sistemas bancários complexos, prazos longos e altos custos operacionais. No Brasil, empresas exportadoras convivem com desafios como volatilidade cambial, dificuldades de liquidação e acesso limitado a soluções de crédito em moeda forte. Mas esse cenário está mudando.

Uma nova infraestrutura está ganhando espaço nas operações de comércio exterior: as stablecoins. Ativos digitais lastreados em moedas fiduciárias, como o dólar, e viabilizados por redes blockchain, elas oferecem liquidez quase instantânea, previsibilidade de caixa e menor dependência dos sistemas tradicionais de pagamento e compensação.

Se antes o uso desses ativos estava restrito a fintechs e empresas de tecnologia, hoje o movimento se estende a exportadoras, indústrias e até multinacionais com atuação na América Latina. A adoção de stablecoins deixou de ser uma curiosidade do mercado cripto para se tornar uma estratégia de eficiência, competitividade e autonomia financeira.

Dados que confirmam a consolidação das stablecoins

Segundo o relatório do IFM (abril/2025), o volume de stablecoins em circulação ultrapassou US$ 230 bilhões. O crescimento é sustentado pelo avanço regulatório global e pela maior integração desses ativos aos sistemas financeiros tradicionais.

Apenas em 2024, as stablecoins USDT e USDC movimentaram mais de US$ 23 trilhões em volume transacionado – uma alta de 90% em relação ao ano anterior.

No Brasil, o cenário acompanha essa tendência. Entre julho de 2024 e junho de 2025, foram movimentados US$ 318,8 bilhões em criptoativos, segundo dados da Chainalysis. Mais de 90% desse volume foi realizado via stablecoins, consolidando o Brasil como uma das principais economias em adoção desses ativos no mundo.

Esses números não deixam dúvidas: as stablecoins já são parte da engrenagem do comércio internacional.

Aplicações práticas nas exportações brasileiras

Na prática, as stablecoins têm sido utilizadas por empresas para:

  • Receber pagamentos internacionais com liquidação em poucos minutos, eliminando a dependência de janelas bancárias;
  • Reduzir custos cambiais ao evitar múltiplas conversões entre moedas locais e o dólar;
  • Antecipar recebíveis internacionais, melhorando o fluxo de caixa;
  • Operar com parceiros de países que enfrentam restrições bancárias ou regimes cambiais instáveis;
  • Aumentar a transparência e a rastreabilidade das transações internacionais, graças ao registro on-chain.

A substituição parcial de métodos tradicionais, como transferências via SWIFT, por soluções baseadas em blockchain, tem sido especialmente vantajosa para pequenas e médias exportadoras, que antes enfrentavam barreiras de custo e acesso a bancos internacionais.

Um novo paradigma financeiro

A ascensão das stablecoins não ocorre de forma isolada. Ela está inserida em um contexto de transição estrutural no sistema financeiro global, marcado por:

  • Digitalização dos meios de pagamento;
  • Crescimento da tokenização de ativos reais (RWAs);
  • Desenvolvimento de moedas digitais de bancos centrais (CBDCs), como o Drex no Brasil;
  • Regulações específicas para criptoativos, como a MiCA na Europa e o Genius Act nos EUA.

Nesse novo ambiente, a criptoeconomia não é apenas uma classe de ativos. Ela passou a ser considerada infraestrutura estratégica para o funcionamento da economia global, com impacto direto na forma como países e empresas operam no comércio exterior.

O papel da Foxbit Business nessa transformação

Com mais de uma década de atuação no mercado, a Foxbit Business vem apoiando empresas que desejam incorporar soluções cripto de forma segura, regulada e integrada aos fluxos de negócios.

Entre nossas soluções:

  • Foxbit Gateway: plataforma que permite pagamentos e recebimentos internacionais em stablecoins com liquidação direta em reais, eliminando fricções e otimizando o fluxo de caixa.
  • Mesa OTC Institucional: operações de alto volume com liquidez imediata, estruturação de contratos personalizados e atendimento estratégico para empresas com atuação global.

Mais do que tecnologia, entregamos infraestrutura de confiança para empresas que estão se posicionando na nova economia digital.

O Brasil pode liderar essa nova era de comércio global

O ambiente brasileiro reúne condições únicas para consolidar o país como hub regional de operações cripto cross-border:

  • Ampla penetração do PIX e infraestrutura digital madura;
  • Regulação em avanço, como o marco legal dos criptoativos e a Resolução CVM 175;
  • Forte base exportadora e comércio ativo com mercados como China, Estados Unidos, Europa e Mercosul.

As empresas que entenderem esse novo cenário terão uma vantagem competitiva real nas próximas décadas.

As stablecoins não são mais uma promessa futura. Elas são instrumentos concretos de liquidez, segurança e competitividade no comércio internacional.

Sua empresa está pronta para operar com mais autonomia no mercado global? Converse com o time da Foxbit Business e descubra como integrar stablecoins ao seu dia a dia de forma simples, eficiente e regulada.

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