Apesar do grande potencial de investimento que o mercado de criptomoedas oferece, a realidade é que a tecnologia é muito mais ampla do que isso. Muitos destes ativos digitais tem o propósito de servir como moeda de troca em pagamentos por produtos e serviços, além de transações internacionais.
Conforme a regulamentação avança no mundo, cada vez mais empresas e até mesmo governos estão utilizando as criptomoedas para fazer suas remessas e pagamentos. Este comportamento não é só visto em narrativas, mas também em números e na prática, como vamos mostrar no Radar 3.0 desta semana!
Adoção de criptomoedas
A adoção das criptomoedas é crescente no mundo e tem alterado o chamado status quo, quando pensamos na lógica que a tecnologia está sendo implementada. Afinal, logo de cara, pensaríamos que Estados Unidos e China estariam liderando a adoção cripto. A realidade, porém, é outra. Os dois países estão na 4ª e 11ª posições, respectivamente no ranking global.
Os maiores benefícios vem para países como Índia, Nigéria, Vietnã e Ucrânia, por exemplo. O estudo da Chainalysis indica que este comportamento tem sido natural por economias emergentes e em desenvolvimento, além daquelas que passam por turbulências econômicas e inflacionárias, como é o caso da Argentina. O Brasil entra nessa fila, considerado o 9º país com maior adoção de criptomoedas.
Neste contexto, há países que se destacam, trazendo as moedas digitais muito mais perto de seu uso do que investimento. Este é o caso, por exemplo, de El Salvador. Em 2021, o país tornou o Bitcoin uma moeda legal, com o governo incentivando a população a utilizar o ativo digital em seu dia a dia para impulsionar a economia local e facilitar remessas internacionais. A proposta parece estar dando certo por lá, com diversas empresas do setor criando sedes na região.
A China também é um ponto de referência na adoção de criptomoedas. O que pode ser contraditório, ainda mais com a política restritiva às negociações e mineração de moedas digitais. Mesmo assim, o país é precursor no lançamento de uma CBDC (Central Bank Digital Currency), que nada mais é do que uma criptomoeda oficial emitida pelo Banco Central. Neste caso, o yuan digital está há um bom tempo em fase piloto, sendo utilizado amplamente em comércios de diversas cidades e até em regiões portuárias para facilitar os pagamentos transfronteiriços.
No Brasil, o Drex (Real Digital) segue a mesma linha, também em uma fase piloto. Apesar de não ser uma CDBC, como a moeda chinesa, a proposta brasileira é tokenizar o ambiente financeiro local e tornar não só os meios de pagamento mais acessíveis e eficientes, mas também todos os outros serviços financeiros, como financiamentos, transferências, investimentos e muito mais.
Outra proposta interessante vem dos BRICS. O bloco econômico de países emergentes – o Brasil está nele – estuda uma forma de criar uma CDBC própria, em que facilitaria os pagamentos de insumos, matérias-primas e outros produtos entre as nações, de forma muito mais direta, rápida e barata, do que os tradicionais contratos voláteis baseados no dólar norte-americano.
E porque pagar com criptomoeda pode ser bom?
Por mais que os bancos e governos desenvolvam soluções tecnológicas para facilitar os pagamentos internos e externos, a realidade é que o modelo tradicional foi apenas recebendo camadas extras para “minimizar” os impactos de um interior já muito insuficiente para a velocidade do mundo atual.
As criptomoedas, então, surgem como uma tecnologia única, que não precisa estar necessariamente vinculadanecessariamente estar vinculada aos modelos antigos de compensação financeira. Isso permite um serviço barato, rápido e eficiente para qualquer tipo de demanda, trazendo vantagens importantes para todos os participantes da economia:
Pessoas: As criptomoedas tornam os serviços financeiros muito mais democráticos e acessíveis, gerando participação de uma grande parcela da população mundial que ainda é desbancarizada. O baixo custo das transações também permite que os pagamentos sejam bem menos lesivos aos empresários e consumidores, se comparadas às taxas aplicadas pelas maquininhas de cartão, por exemplo. Fora isso, há um nível de segurança e privacidade do que vemos hoje em bancos, seguindo à risca a base da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Empresas: Para as empresas, o uso de criptomoedas como pagamento quase zera as taxas aplicadas pelos modelos tradicionais. Além disso, não é preciso esperar as compensações das operadoras para receber os valores, já que isso acontece de forma praticamente imediata. A partir das stablecoins ainda é possível realizar negociações internacionais com muito mais eficiência. Afinal, não só o câmbio é acessível, como as taxas de envio infinitamente menores.
Governos: Assim com as empresas, as remessas internacionais e negociações com outros países se tornam muito mais simplificadas com o uso de stablecoins e CBDCs. Além disso, é possível criar uma moeda única, que dê vantagens a quem as utiliza na hora de fazer seus pagamentos. Outro destaque é o combate à fraude e evasão fiscal. Afinal, a blockchain registra de maneira imutável e totalmente rastreável todas as transações de criptomoedas, assim como suas carteiras de origem e destino. Mais do que isso, há o incentivo à inovação tecnológica, já que a própria blockchain oferece muitas outras soluções que vão além dos meios de pagamento.
O caminho para a nova economia
Com o crescimento da adoção de criptomoedas em escala global, vemos cada vez mais empresas e países se apoiando nesta tecnologia para receber de seus clientes e parceiros. Assim, o tradicional, que apenas apresentava uma roupagem moderna, pode dar espaço a um mecanismo muito mais eficiente e compatível com o mundo atual.
Não à toa, o mercado de criptomoedas é a trilha pela qual a nova economia está se desenvolvendo. Ela vai fazer parte de transações estatais e privadas e pautar os negócios entre instituições do mundo todo. Vai da sua empresa acompanhar esta tendência ou não.
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