O que o DeFi pode mudar no mundo em 2024?

mar 21, 2024 | Radar Foxbit

Apesar das criptomoedas serem vistas por muitos como um investimento, a realidade é que a tecnologia por trás delas permitem inovações muito interessantes, principalmente quando falamos na descentralização das finanças. E se isso parece muito distante da nossa realidade, para mais de 85 milhões de pessoas essa é uma nova forma de lidar com o dinheiro, com muito mais autonomia e segurança – Alô, Drex!

No Radar 3.0 desta semana, vamos explorar um pouco mais sobre as chamadas finanças descentralizadas (DeFi), como elas podem ser aplicadas e, claro, as principais tendências deste mercado para 2024.


O que são as finanças descentralizadas?

Embora este termo seja abrangente, provavelmente DeFi será a palavra mais encontrada em diversos artigos. Afinal, ela é justa a abreviação de “decentralized finance” (finanças descentralizadas).

Esta tecnologia traz à tona todo um ecossistema financeiro construído a partir de diferentes blockchains, com o propósito de oferecer uma variedade de serviços financeiros. Muitos deles, inclusive, comuns no nosso cotidiano, como empréstimos, seguros e até trocas de ativos.

Mas para que isso, se os bancos já tem este tipo de produto? No caso das DeFis, todos estes serviços financeiros não exigem a presença de intermediários. Afinal, tudo é operado a partir de smart contracts, que garantem a execução automática das condições do contrato, conforme cada ação é acionada.

Isso não só torna os processos muito mais seguros, mas principalmente transparentes. É! Sem aquelas letrinhas miúdas, sabe? Além disso, há muito mais acessibilidade, permitindo que qualquer pessoa seja um provedor de liquidez – em outras palavras, qualquer um pode ser um banco no DeFi.


Aplicações de DeFi no mundo real

É natural que a gente procure por coisas palpáveis para entender seu funcionamento. Ainda mais quando falamos das criptomoedas, que são bem abstratas e 100% digitais. Por isso, é legal exemplificar possíveis aplicações do DeFi no nosso mundo real, de prédios, trânsito e escritórios!

Empréstimos: O DeFi permite que qualquer pessoa possa ser um provedor de liquidez. Ou seja, este usuário pode simplesmente oferecer empréstimos em criptomoedas, enquanto outra pessoa toma emprestado, a partir de uma condição de juros acordada entre as partes. O processo de empréstimo não só é mais rápido e garantido, como também seguro, já que o smart contract desenvolvido na plataforma torna as ações automáticas e impossíveis de serem revertidas ou alteradas.

Seguros: Utilizando da mesma tecnologia dos smart contracts, assegurar um bem ou ativo também é possível no DeFi. Isso já ocorre aos provedores de liquidez, por exemplo, que tem uma garantia de criptomoedas, caso o usuário que emprestou os tokens não pague pelo montante solicitado. Mas isso pode ser facilmente expandido para seguros de automóveis, casas e até mesmo de vida. Os processos ficam extremamente mais rápidos e justos.

Negociações: Comprar e vender ações, hoje, depende de uma plataforma específica, cadastro na B3 e outros requisitos. Agora, imagine poder negociar qualquer ativo em um ambiente totalmente descentralizado, 24/7, em que você possa ter controle total sobre a “ação” adquirida? Isso dá muito mais autonomia e segurança ao usuário, que passa a ser dono de seu próprio ativo,, não mais uma empresa intermediadora, a partir de taxas muito pequenas se comparadas com o mercado tradicional.


Tendências do DeFi para 2024

Bom, os argumentos são vários para explicar as vantagens das soluções de finanças descentralizadas para o mundo. No Brasil, por exemplo, o Drex (Real Digital) já é uma aplicação deste tipo, permitindo que as intermediações sejam reduzidas drasticamente, assim como os serviços fiquem mais acessíveis, baratos e menos burocráticos à população.

E há muitas coisas legais por vir em 2024, seja de novidades ou de atualizações de operações já existentes a partir desta tecnologia.

Bridges: As chamadas “pontes cripto” são uma solução muito importante que permite a interoperabilidade entre diferentes blockchains. Isso facilita a movimentação de ativos entre as plataformas, com muito mais eficiência e custos reduzidos. Tudo isso, graças à escalabilidade que as pontes fornecem às redes. Essa tendência é uma narrativa de forte expansão do ecossistema DeFi, abrindo portas a mercados exclusivos e melhorando a experiência do usuário.

Integração: Lembra que o DeFi já estava sendo aplicado no mundo real? Pois é! As finanças tradicionais (TradFi) estão utilizando a tecnologia blockchain e smart contracts para tornar seus produtos muito mais transparentes, eficientes e acessíveis. Afinal, o DeFi remodela os produtos para serem mais automáticos e não mais tão burocráticos.

Games: Pode parecer loucura, mas a indústria de games é uma das maiores do mundo. São bilhões de dólares e milhões de usuários ano a ano dentro deste mercado. Com isso, o ecossistema de Web3 tem apostado no DeFi para tornar seus jogos cada vez mais justos e atrativos, permitindo que a comunidade crie uma economia única dentro dos games.

Governança: Com os consumidores cada vez mais participativos e buscando produtos de boa qualidade e personalizados, poder interferir no processo de produção ou divulgação é algo importante hoje em dia. Por isso, o DeFi aposta bastante nos tokens de governança, permitindo que os usuários de determinada plataforma possam utilizar suas participações – via criptomoedas – para determinar os rumos do produto, seja pela aprovação ou rejeição de uma atualização de software ou jogabilidade até aumento ou corte de juros sobre um serviço.

CBDCs: Não é novidade para ninguém que as Central Bank Digital Currencies (CBDCs) estão no foco global atualmente. Os países estão se apoiando nesta tecnologia para desenvolver a versão digital de suas moedas, facilitando e reduzindo custos de transações transfronteiriças. A China é o país mais avançado em relação ao desenvolvimento de sua CBDC. Porém, outras nações e até mesmo blocos econômicos, como o BRICS, também estudam a criação de sua própria criptomoeda, o que tende a ampliar suas relações econômicas e descentralizar o comércio exterior do dólar norte-americano.

Infraestrutura: A partir do DeFi, é possível criar a chamada Infraestrutura Física Descentralizada (DePIN). Esta é uma forma de negociar e “alugar” a utilização de uma infraestrutura física, via blockchain. Isso pode ser um armazenamento descentralizado de arquivos de computadores, uso de poder processual de placas de vídeo para renderização de vídeos e imagens, conexões com a internet ou até mesmo distribuição de excedentes de energia elétrica.


Futuro é global, mas descentralizado

Estima-se, hoje, que só as plataformas de DeFi tenham mais de US$ 52 bilhões em valor bloqueado. E vale lembrar que esta é uma tecnologia ainda em expansão e popularização, com muitos desenvolvimentos ainda para surgir ao longo deste e dos próximos anos.

A realidade mesmo é que a exigência dos consumidores em ter mais autonomia sobre suas posses e ativos está colocando o mundo tradicional contra a parede. Não basta mais oferecer um produto bacana e bonito. As pessoas querem saber de onde ele veio, como foi produzido, se seus dados pessoais estão protegidos… E tudo isso o DeFi responde com maestria, eficiência e custo baixo!

Então, com o DeFi na liderança das mudanças financeiras e econômicas globais, é mais do que óbvio que as empresas também vão precisar se adaptar a esta nova economia! E se você não sabe por onde começar, a Foxbit Business tem um pacote de soluções de DeFi para que sua empresa possa seguir a inovação tecnológica e se manter relevante no mundo descentralizado que se constrói na nossa frente!

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