Uma nova coleção de NFTs, chancelada pela Mercedes-Benz, está para ser lançada e deverá ser um grande atrativo aos amantes de velocidade e automóveis.
Intitulada de “Maschine”, as produções serão realizadas a partir de artes generativas, em parceria com a organização autônoma descentralizada Fingerprints DAO.
A seleção dos conceitos automotivos presentes na coleção de NFTs da Mercedes-Benz foram votados pela própria comunidade, como uma espécie de curadoria digital.
Coleção de NFTs da Mercedes-Benz
A coleção de NFTs (tokens não fungíveis) da Mercedes-Benz receberá um total de 1 mil artes generativas, ou seja, cada produção receberá elementos completamente exclusivos, que vão diferenciá-las umas das outras.
O projeto de nome “Maschine” é de autoria do artista alemão Harm van den Dorpel, que começou a criar artes em blockchain já em 2015, com a Fingerprints DAO – parceira do projeto – sendo uma das maiores detentoras de suas obras.
Do lado da fabricante de automóveis, participa a Mercedes-Benz NXT, o braço tecnológico da montadora, com foco no desenvolvimento de colecionáveis em NFTs e novidades para a Web 3.
O que são artes generativas?
As artes generativas são aquelas produzidas por algoritmos e softwares de computadores, gerando um resultado imprevisível e único a cada desenvolvimento.
Por serem totalmente digitais, elas são muito rápidas e fáceis de serem processadas, assim como conseguem oferecer uma precisão alta em relação aos detalhes da obra.
Apesar de ser criada por programas, as artes generativas são fluídas, pois é possível adicionar ou remover pequenas partes do código para gerar trabalhos completamente diferentes.
Sua popularidade cresceu bastante recentemente, principalmente após o surgimento das coleções de NFTs, que passaram a valorizar essa categoria artística digital e, agora, a inteligência artificial (IA).
Como funciona a coleção de NFTs da Mercedes-Benz?
A coleção de NFTs Maschine vai reproduzir uma ilusão 3D do movimento de uma roda de carro da Mercedes-Benz.
Por ser uma arte generativa, os elementos por trás do efeito estroboscópico, como cores, iluminação, número de raios e velocidade de rotação serão selecionados de forma randômica, o que tornará cada NFT, de fato, único.
Essas produções, porém, se tornaram muito grandes para serem armazenadas diretamente na blockchain do Ethereum. Por isso, elas serão disponibilizadas fora do sistema, mas garantidas por contratos inteligentes.
Em entrevista ao portal CoinDesk, van der Dorpel destacou sua felicidade em receber o convite para fazer uma “peça de arte experimental verdadeiramente generativa. As características técnicas fornecidas pelo blockchain ajudaram a consolidar o caráter fluido da arte digital em todas as suas variações, em termos de propriedade, proveniência e conservação”.
As vendas da coleção de NFTs da Mercedez-Benz começam já em junho, em um leilão holandês.
Mercado de colecionáveis em NFTs em ascensão
Apesar do mercado de baixa para as criptomoedas em 2022, os NFTs mostraram resiliência, principalmente com o apoio dos desenvolvimento da Web 3.
Segundo dados da DappRadar, foram 101 milhões de tokens não fungíveis vendidos. Este volume é considerado um aumento de 67,57% em relação ao ano anterior, quando houve um “boom” da tecnologia.
A pesquisa mostra ainda que a blockchain do Ethereum detém 21% da participação total, com 21,2 milhões de transações. Esta foi, inclusive, a rede escolhida pela Mercedes-Benz para operar seus NFTs.
Com esse avanço nos números e a aproximação da nova era da internet, muitas empresas estão em busca de soluções de tokenização, que facilitem sua entrada e interação com seus públicos dentro da Web 3.