Paixão e orgulho nacional, o Coffee Coin é o primeiro token lastreado em café do mundo, servindo como ferramenta utilitária aos produtores, e um novo modelo de negócio para investidores de fora do ramo
O Brasil é o maior produtor de café do mundo, com cerca de 30% de toda a produção cultivada aqui, segundo dados da própria Organização Mundial do Comércio. A tendência global das stablecoins, tokens digitais validados em ativos físicos, leva o protagonismo na produção agrícola cafeeira a outro patamar. Caminhando na mesma estrada que levam aos novos modos de investimento, chegou o Coffee Coin, um token lastreado em café.
Temos hoje uma economia digital, que fomenta o crescimento de novos negócios como nunca antes visto. Na esteira desse processo surgiu a blockchain, as criptomoedas, a tokenização e tantas outras soluções, produtos e serviços ainda mais ágeis. O Brasil se encontra na 7ª posição do ranking de países que mais adotaram criptoativos, além de sermos os líderes na América Latina, segundo estudo “Global Crypto Adoption Indez 2022” publicado pela plataforma Chainalysis. O Coffee Coin faz parte desse avanço tecnológico e econômico, democratizando investimentos, trazendo ainda mais pessoas para o centro do campo, e não apenas como espectadores do jogo.
Segundo Luis Henrique Albinati, Diretor de Novos Negócios da Minasul, uma das maiores cooperativas de produção de café do país, explica que este é o momento perfeito para a democratização dos investimentos em commodities. Antes da blockchain, para investir no setor, era necessário comprar no mínimo 100 sacas, equivalente a 6 toneladas de café. “Nós entendemos que o café depositado em uma cooperativa ou de propriedade dela é um ativo, e nós o tokenizamos e estabelecemos um referencial monetário, onde 1 Coffee Coin equivalente a 1kg de café”, afirma.
Por ser uma stablecoin, o Coffee Coin oferece menor volatilidade de preços, já que o café é um ativo de reserva. Luiz complementa que a tokenização abre um novo mercado na cadeia de produção do café, pois o Coffee Coin permite que você compre frações dele, democratizando e descentralizando os investimentos nessa área. Além disso, o processo que começa desde o plantio, cultivo, colheita, passando pela venda no mercado externo ou interno, até chegar nas gôndolas dos supermercados, é o mesmo a quase um século. “Quando tokenizamos o café, criamos uma linha paralela onde qualquer pessoa pode comprar o Coffee Coin, independentemente da quantidade. É o peer-to-peer mais tradicional que existe, mas modernizado e atendendo as necessidades e interesses dos investidores atuais, e os do futuro”.
Outro fator determinante é a segurança que o Coffee Coin oferece para os investidores. Luis comenta que a tecnologia das transações através da blockchain, permitem atender a altíssimos padrões e regulamentos internacionais, mas também, o lastro físico requer outros meios de confiabilidade. “Os nossos estoques são verificados e auditados com frequência. Fazemos questão de ser transparentes, disponibilizando no nosso site os documentos originais que dão força legal para a existência do Coffee Coin”, afirma.
Desde a sua criação, em julho de 2021, a empresa possui um planejamento estratégico claro. Para Luis, o Coffee Coin é um ativo monetário que oferece redução de tempo e custos operacionais, possibilita a mobilidade entre bolsas e carteiras e ainda pode vir a se tornar um meio de pagamento e negócios. O diretor complementa que o primeiro ano serviu para moldar o negócio, e que sempre visava entrar em um grande corretora como a Foxbit. “Esta parceria mostra que as tecnologia mais disruptivas como as criptomoedas, a tokenização dentre outras, não está a serviço apenas dos grandes polos industriais e econômicos, mas pode – e deve – ser trazida para o campo. Nossa dinâmica é muito simples, tanto para o produtor quanto para o investidor. Em resumo, qualquer pessoa hoje pode se tornar um cafeicultor virtual”, finaliza.