CBDCs interconectadas: a nova rede financeira global já está em testes

out 15, 2025 | Radar Foxbit

O sistema financeiro global está diante de uma transformação silenciosa, mas profunda. E ela não é impulsionada por crises, mas sim por uma adoção coordenada de tecnologia entre os principais bancos centrais do mundo.

O Banco de Compensações Internacionais (BIS) iniciou testes com moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) de mais de dez países, incluindo China, França, Singapura e Brasil.
O objetivo: criar uma nova infraestrutura de pagamentos internacionais com liquidação instantânea, sem depender do sistema SWIFT ou de intermediários tradicionais.

Essa mudança aponta para uma realidade iminente: empresas e instituições que não se adaptarem a esse novo ecossistema poderão perder relevância e competitividade em um cenário cada vez mais digital e interconectado.


O que o BIS está construindo

Antes de entender o impacto das novas integrações entre moedas digitais soberanas, é importante compreender o papel do BIS — Bank for International Settlements (Banco de Compensações Internacionais).

Fundado em 1930 e com sede na Basileia (Suíça), o BIS atua como uma instituição global que conecta mais de 60 bancos centrais, funcionando como um laboratório de inovação e coordenação financeira internacional.

Por meio do BIS Innovation Hub, o banco promove pesquisas e projetos colaborativos em blockchain, CBDCs (moedas digitais de bancos centrais) e pagamentos internacionais, ajudando governos a modernizar suas infraestruturas monetárias.

Entre os principais projetos em andamento:

  • Project mBridge
    Conduzido por BIS, China, Hong Kong, Tailândia e Emirados Árabes Unidos, já atingiu o estágio de MVP. O projeto permite pagamentos internacionais instantâneos entre CBDCs com liquidação direta via blockchain.
  • Project Mariana
    Liderado por França, Suíça e Singapura, testa a conversão automatizada entre euro digital, franco suíço e dólar de Singapura, por meio de contratos inteligentes em ambiente DeFi.
  • Project Dunbar
    Desenvolvido com Austrália, Malásia, África do Sul e Singapura, propõe uma plataforma multilateral de liquidação entre bancos centrais, com foco na redução de custos e prazos em transações cross-border.

O papel do Brasil e a conexão com o Drex

O Banco Central do Brasil é o único país da América Latina a integrar oficialmente o grupo de testes internacionais do BIS para interoperabilidade entre CBDCs.

Por meio do Drex, a versão brasileira da moeda digital soberana, o país avança para interoperar com outras moedas digitais em redes globais de liquidação.

📊 Segundo a Chainalysis,

O Brasil movimentou US$ 318,8 bilhões em criptoativos entre julho de 2024 e junho de 2025 — um crescimento de 109,9% em um ano.
Mais de 90% dessas transações já envolvem stablecoins, o que demonstra a maturidade do mercado local e a base técnica necessária para integração com CBDCs.

Na prática, o avanço do Drex permitirá que:

✔️ Exportadores liquidem contratos diretamente em moedas digitais estrangeiras, sem necessidade de conversão prévia para dólar;
✔️ O comércio exterior opere 24/7, com liquidação quase imediata;
✔️ Custos de câmbio e compensação sejam reduzidos drasticamente, ampliando a competitividade global das empresas brasileiras.

Com o Drex em teste e stablecoins dominando a liquidez digital local, o Brasil está bem posicionado para se tornar hub regional da nova rede monetária global.


O impacto para empresas brasileiras

A transição para uma nova infraestrutura de pagamentos globais já começou — e trará mudanças profundas nas operações empresariais:

Principais impactos:

  • Liquidação instantânea e global – pagamentos em minutos, sem janelas bancárias;
  • Redução de custos cambiais – eliminação de intermediários e menores spreads;
  • Previsibilidade e rastreabilidade total – cada transação registrada em blockchain, com auditoria automatizada;
  • Compliance nativo – padronização regulatória entre países via smart contracts.

Empresas que já operam com blockchain ou que integram cadeias de suprimentos internacionais estarão mais preparadas para se adaptar. As que demorarem correm o risco de ficar em desvantagem competitiva.


Como a Foxbit Business apoia empresas nessa nova era

Na Foxbit Business, trabalhamos para aproximar empresas da nova infraestrutura financeira global com soluções desenvolvidas para esse contexto de transformação:

  • Foxbit Gateway
    Liquidação internacional via blockchain, utilizando stablecoins lastreadas em moedas fiduciárias e conversão direta em reais.
  • Foxbit Tokens
    Tokenização de ativos reais com segurança, governança e rastreabilidade.
  • Compra Fácil (CaaS)
    Infraestrutura white-label para que empresas integrem cripto e pagamentos digitais aos seus próprios produtos e serviços.

Com mais de 10 anos de experiência em cripto, e participação ativa no avanço regulatório no Brasil, a Foxbit está pronta para conectar empresas à próxima geração de pagamentos globais.

A era da liquidação digital já começou

Com moedas soberanas interconectadas por blockchain, o sistema financeiro global começa a operar com mais agilidade, menor custo e muito mais previsibilidade.

A pergunta é: sua empresa está pronta para competir nesse novo ambiente?

🔗 Fale com a equipe da Foxbit Business

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