As carteiras de criptomoedas, também chamadas de wallets, são aplicativos, programas ou dispositivos que permitem que os usuários armazenem, gerenciem e interajam com suas moedas digitais, sem a necessidade de intermediação por uma corretora. Na prática, são semelhantes a contas bancárias, sendo que o dono da carteira é o responsável pela posse e segurança de seus ativos, não o banco.
Outros dois componentes fundamentais de proteção são a chave pública e a chave privada. A chave pública é um endereço de criptomoeda, que pode ser representado por um QR code ou um extenso código alfanumérico, e é usada para receber fundos de transações.
Por outro lado, a chave privada é um código secreto, a “senha” associada à chave pública, utilizada para acessar e controlar os fundos armazenados em uma carteira de criptomoedas. Ela é mantida em sigilo pelo proprietário da carteira, pois qualquer pessoa que tenha acesso à ela pode movimentar os fundos e gastá-los sem autorização.
Segundo uma análise realizada pela PWC, as transações digitais podem aumentar em torno de 80% até 2025, podendo atingir quase 2 trilhões por ano. E um dos motivos para esse crescimento é o uso das carteiras digitais por parte das pessoas.
Quase 70% dos brasileiros usaram carteiras digitais nos últimos seis meses, segundo uma pesquisa da Serasa Experian. O levantamento também aponta que 87% consideram as carteiras digitais seguras.
Quais os tipos de carteiras de criptomoedas?
Existem vários tipos de carteiras disponíveis no mercado, cada uma com suas características específicas. Abaixo, listamos alguns dos tipos mais comuns:
Hot wallets: são carteiras que ficam conectadas à internet. Elas são ideais para quem precisa de acesso rápido e frequente às criptomoedas, pois podem ser acessadas por meio de aplicativos de smartphones, sites ou extensões de browsers. No entanto, elas são mais vulneráveis a ataques cibernéticos e, portanto, não são ideais para armazenar grandes quantidades de criptomoedas.
Mobile wallets: funcionam por meio de aplicativos de celular. Elas são práticas e fáceis de usar, permitindo que os usuários façam transações a qualquer momento e em qualquer lugar. As mobile wallets são uma boa opção para quem precisa de acesso rápido e frequente às criptomoedas.
Web wallets: acessíveis por meio de sites. Elas permitem que os usuários acessem suas criptomoedas de qualquer lugar com conexão à internet. No entanto, como as carteiras de hot wallets, elas são mais vulneráveis a ataques cibernéticos.
Desktop wallets: instaladas em computadores, elas oferecem maior segurança do que as hot wallets e são mais práticas do que as cold wallets. No entanto, elas só podem ser acessadas a partir do computador em que foram instaladas.
Cold wallets: não precisam estar conectadas à internet. Elas oferecem o mais alto nível de segurança, pois estão protegidas contra ataques cibernéticos. As cold wallets são ideais para quem deseja armazenar grandes quantidades de criptomoedas por longos períodos de tempo.
Hardware wallets: são dispositivos físicos que armazenam as chaves privadas das criptomoedas. Elas oferecem o maior nível de segurança, pois as chaves privadas são armazenadas em um dispositivo offline. As hardware wallets são ideais para quem deseja armazenar grandes quantidades de criptomoedas a longo prazo.
Por que elas são importantes?
Controle e segurança
Oferecem aos usuários controle sobre seus ativos digitais. Com uma carteira de criptomoedas, o usuário é o único responsável por controlar suas criptomoedas. Isso significa que ele não precisa confiar em um terceiro para gerenciar seus ativos, como acontece com os bancos e outras instituições financeiras.
Portabilidade
São portáteis, o que significa que os usuários podem acessar suas criptomoedas de qualquer lugar do mundo, desde que tenham uma conexão à internet. Isso é especialmente útil para pessoas que viajam com frequência ou que precisam acessar suas criptomoedas de diferentes dispositivos.
Em resumo, as carteiras são importantes porque dão aos usuários a possibilidade de virar seu “próprio” banco e ter autonomia sobre suas próprias finanças. Por se valer de criptografia, a wallet também protege o patrimônio em criptomoedas.