Stablecoins: Regulamentação nos EUA pode impulsionar também o mercado brasileiro

fev 27, 2025 | Radar Foxbit

Os Estados Unidos assumiram a liderança na regulamentação das stablecoins, criando um ambiente seguro e transparente para investidores e empresas. As recentes medidas tomadas pelo governo Trump em oposição à criação de uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC) fortalece uma forte aposta na regulamentação das stablecoins como forma de manter o dólar dominante no ecossistema das criptomoedas.

O governo estabeleceu diretrizes rigorosas para os emissores de stablecoins, incluindo a exigência de reservas garantidas e auditorias regulares para assegurar sua estabilidade.

Segundo David Sacks, considerado o czar das criptomoedas do novo governo, a regulação desse setor será fundamental para o crescimento econômico dos EUA, promovendo a integração das stablecoins ao sistema bancário tradicional e ao comércio global.

Além disso, a nomeação de Scott Bessent como Secretário do Tesouro também reforça essa estratégia. Defensor do uso de stablecoins para facilitar transações financeiras internacionais, Bessent lidera a implementação de um arcabouço regulatório que visa consolidar o dólar como referência global no mercado cripto. Sob sua gestão, espera-se um avanço na aceitação das stablecoins por instituições financeiras tradicionais, incentivando a inovação e garantindo segurança jurídica para emissores e usuários.

Impacto internacional das mudanças nos EUA

As medidas aplicadas pelo governo Trump não só valorizaram as stablecoins como também consolidam a sua aceitação global. Com regulamentações claras e garantias de reserva, investidores institucionais tendem a confiar mais nesses ativos, levando a um aumento no volume de transações e no uso de stablecoins para pagamentos transfronteiriços.

Além disso, a medida da nova gestão da Casa Branca também reforça uma movimentação adotada por outros países que já debatem a regulamentação das stablecoins há algum tempo. São eles:

  • Reino Unido: O governo britânico anunciou planos para regulamentar as stablecoins como meio de pagamento, visando tornar Londres um hub global de criptoativos.
  • Japão: O país aprovou uma legislação que permite que bancos e instituições financeiras emitam stablecoins com lastro em ienes, buscando maior transparência no setor.
  • União Europeia: O MiCA (Markets in Crypto-Assets) já estabelece regras para stablecoins, garantindo supervisão rigorosa sobre sua emissão e uso dentro da zona do euro.
  • Hong Kong: A Autoridade Monetária de Hong Kong está desenvolvendo uma estrutura regulatória para stablecoins, reforçando sua posição como centro financeiro global de criptoativos.

Por que prestar atenção nas stablecoins?

O mercado global de stablecoins já movimenta US$ 227 bilhões, sendo que 97% dessas moedas estão atreladas ao dólar americano. Em agosto do ano passado, stablecoins representavam 8,2% do market share de todo o mercado de criptomoedas.

Fonte: CoinGecko

A regulamentação das stablecoins oferece inúmeras vantagens para empresas que realizam remessas e transações internacionais:

  • Redução de custos: Eliminação de taxas bancárias elevadas, tornando as transações mais acessíveis. Transações rápidas e eficientes: Pagamentos internacionais quase instantâneos. Menor volatilidade: A paridade com o dólar reduz os riscos de oscilação do mercado. Acessibilidade global: Operação sem necessidade de intermediários financeiros tradicionais.

Com a regulamentação avançando, espera-se um aumento também na demanda por títulos do Tesouro dos EUA, o que pode impulsionar a economia e reduzir taxas de juros de longo prazo.

Stablecoins no Brasil: Crescimento e perspectivas

No Brasil, o mercado de stablecoins tem se expandido rapidamente, acompanhando a tendência global. Dados da Receita Federal mostram que a USDT, stablecoin emitida pela Tether, permanece dominante no Brasi.

Em 2024, os valores declarados com a stablecoin bateram uma máxima histórica de R$ 210 bilhões. Este número é pouco acima dos já expressivos R$ 209 bilhões do ano anterior..

Em relação ao número de operações, porém, a disparidade é grande. Foram 7,4 milhões de transações declaradas com USDT, em 2024, contra 3,2 milhões de 2023.

Além de uma stablecoin lastreada no dólar, o brasileiro vai ter acesso a uma nova criptomoeda para suas transações digitais. Entretanto, seu par, agora, é o próprio real.

Um consórcio entre Grupo Foxbit, Bitso, Mercado Bitcoin e Cainvest anunciou o lançamento da BRL1, uma stablecoin pareada ao real para facilitar transações entre plataformas.

O token permitirá uma maior fluidez entre as corretoras nacionais, podendo ser listadas em qualquer outra plataforma internacional. Esse mecanismo vai permitir não só transações mais rápidas e baratas, como também traz acesso a diversos serviços de DeFi.

Drex: A revolução do Real Digital

Além do avanço das stablecoins privadas, o Banco Central do Brasil está desenvolvendo o Drex, a versão digital do real. Diferente das stablecoins, o Drex será emitido e regulado pelo Banco Central.

Com a proposta de democratizar o acesso aos serviços financeiros digitais, o Drex poderá ser utilizado para:

  • Contratos inteligentes
  • Tokenização de ativos
  • Pagamentos instantâneos
  • Financiamentos e muitos mais

O projeto faz parte de um movimento global de digitalização das moedas fiduciárias, garantindo mais eficiência e segurança no sistema financeiro brasileiro.

Foxbit Compra Fácil: Atrele seu negócio às stablecoins

Com soluções como o Foxbit Compra Fácil (Crypto-as-a-Service), qualquer empresa pode oferecer stablecoins e outras criptomoedas a seus clientes. A solução white label já é utilizada por várias empresas do setor financeiro, por conta de suas vantagens, como:

  • Facilidade na integração de soluções baseadas em criptomoedas
  • Atendimento a uma demanda crescente dentro do mercado financeiro
  • Segurança e confiabilidade para todas as operações de uma exchange

E na Foxbit Exchange, você encontra ainda as principais stablecoins do mercado, como Tether (USDT) e USD Coin (USDC), e muitas outras.

Comece a digitalização da sua empresa!

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