Stablecoins como alternativa para remessas internacionais

jan 22, 2025 | Radar Foxbit

As transações financeiras internacionais têm sido historicamente dominadas pelo sistema SWIFT, conhecido por sua ampla rede de bancos conectados. No entanto, as stablecoins estão ganhando espaço como uma alternativa prática e econômica para remessas internacionais.

Mas como de fato este segmento do mercado de criptomoedas já pode resolver boa parte das lacunas e burocracia que os modelos tradicionais ainda não conseguiram solucionar?

O que são stablecoins e por que elas importam?

Stablecoins são criptomoedas projetadas para manter um valor estável, geralmente atrelado a moedas fiduciárias, como o dólar, ou a ativos físicos, como o ouro.

Essa estabilidade é uma grande vantagem, especialmente para quem busca realizar transações internacionais, por meio de criptomoedas, mas com total previsibilidade de cotação e segurança.

Mais do que um alternativa monetária, há diversas outras vantagens que a própria tecnologia blockchain – ainda não aplicada ao SWIFT – consegue oferecer, como:

  • Transferências rápidas: Enquanto transações pelo sistema SWIFT podem levar de 1 a 5 dias úteis, stablecoins permitem transferências quase instantâneas como um Pix.
  • Custos reduzidos: As taxas associadas às stablecoins são significativamente mais baixas do que as cobradas por bancos e intermediários no modelo tradicional, tornando o processo bem menos custoso às empresas.
  • Acessibilidade global: Basta ter acesso à internet e uma carteira digital para usar stablecoins, sem a necessidade de uma conta bancária. Ao mesmo tempo, as transações podem ser feitas entre plataformas ao redor do mundo, sem comprometimento de taxas ou velocidade.
  • Segurança e transparência: A tecnologia blockchain registra todas as transações de maneira rastreável e altamente segura, reduzindo o risco de erros e fraudes e garantindo o acordo entre as partes envolvidas.

Stablecoins x SWIFT

Embora as stablecoins já estejam sendo amplamente utilizadas, sua regulamentação ainda está em desenvolvimento em vários países. A criação de normas claras e globais será essencial para garantir ainda mais a confiança dos usuários e impulsionar a adoção em larga escala.

Uma forte alternativa financeira

Diversos países têm adotado as stablecoins como alternativa para remessas internacionais, visando maior eficiência e economia.

No Brasil, por exemplo, alguns bancos tradicionais já estão explorando o uso de stablecoins em pagamentos transfronteiriços, buscando facilitar exportações e aumentar a eficiência nas transações internacionais.

Na Venezuela, devido à instabilidade econômica e à depreciação do bolívar, as stablecoins como o USDT tornaram-se populares para transações e remessas internas e externas, oferecendo uma alternativa estável frente à moeda local volátil.

Além disso, países como a Argentina têm utilizado stablecoins para proteger suas economias da desvalorização do peso e permitir pagamentos transfronteiriços mais eficientes, tornando-as essenciais na economia atual.

Stablecoins: medida prática e econômica

Com transferências mais rápidas, custos mais baixos e maior acessibilidade, as stablecoins oferecem uma alternativa eficiente para quem busca realizar remessas internacionais.

Apesar dos desafios regulatórios, o potencial desse modelo de transação já está claro e em ampla aplicabilidade por empresas e pessoas ao redor do mundo.

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